Ode ao Pai Fundador: em memória de Dom Afonso Henriques
- S. Exª. Dom Davi Samuel Graf von Valukas Lopes
- 18 de dez. de 2024
- 3 min de leitura

Dom Afonso Henriques é um nome que representa um marco na construção da história de Portugal. Filho de Henrique de Borgonha e Teresa de Leão, ele não se contentou em ser apenas uma peça no tabuleiro das disputas feudais que marcavam a Península Ibérica.
Desde jovem, Dom Afonso Henriques revelou um espírito determinado, traçando caminhos que ultrapassam as convenções de seu tempo. Não apenas um guerreiro e estrategista, ele personificou o desejo de um povo por identidade e autonomia.
O nome de Dom Afonso Henriques se entrelaça com o nascimento de uma nação. Foi nas batalhas contra os mouros, no campo de Ourique e em tantas outras campanhas, que Afonso afirmou sua liderança.
A lenda o cerca, mas os fatos concretos o sustentam: Dom Afonso Henriques liderou seus soldados com visão e força, conquistando terras e consolidando territórios. Em 1139, a aclamação como rei pelos seus homens não foi um título vazio, mas o reconhecimento de um chefe que inspirava confiança e coragem em igual medida.
A criação do Reino de Portugal não foi um presente, mas o resultado de um esforço contínuo. Dom Afonso Henriques enfrentou desafios internos e externos. Lutou contra sua própria mãe, Dona Teresa de Leão, para assegurar a independência do condado portucalense, e posteriormente travou uma batalha diplomática e militar com o Reino de Leão e Castela para garantir o reconhecimento do novo reino.
Nesse contexto, o Tratado de Zamora, assinado em 1143, foi a declaração formal de que Portugal existia, uma realização que transcendeu a sua vida e marcou o destino de gerações futuras.
Dom Afonso Henriques não foi apenas o fundador de um reino; foi o arquiteto de uma ideia. Sua visão de Portugal como uma terra livre, autônoma e resiliente plantou as sementes para o espírito explorador e inovador que definiria o país nos séculos seguintes.
Sendo assim, Dom Afonso Henriques personifica a noção de que a independência é conquistada com trabalho árduo, persistência e, acima de tudo, uma crença inabalável em um propósito maior.
Seu legado vive não apenas nos castelos erguidos e nas fronteiras traçadas, mas também no espírito de um povo que aprendeu a se reinventar e a se afirmar. Dom Afonso Henriques é, para Portugal, mais do que uma figura histórica: é um símbolo de determinação e um testemunho do poder da liderança visionária.
Que sua memória permaneça viva em cada pedra das muralhas de Guimarães, em cada história contada sobre as origens de Portugal e do Brasil, e no coração de um povo que continua a honrar o Pai Fundador.
Autor:
Davi Samuel Valukas Lopes (Nana Kofi Adom) | Doses de Cavalheirismo
Acesse:
Comendador da Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes
Comendador das Letras da Ordem do Mérito Histórico-Literário Castro Alves
Comendador de Artes e Ofícios da Comenda Tropeira Paulista
Amamerehene (guardião cultural) de Ashanti Akyem Hwidiem (Gana)
Ow’Isaza (representante nacional) do Reino Bunyoro Kitara (Uganda) no Brasil
Embaixador da Sociedade Fraternal do Leão Escarlate (México) no Brasil
Embaixador da SCOAAKAR (Supremo Conselho dos Reis e da Realeza Ancestral Africana - Nigéria) no Brasil
Conselheiro da Cruz Real - Renovação na Tradição (Itália) no Brasil (Delegação 18 de Julho)
Guerreiro Honorário da Ordem Humanitária da Realeza Africana, vinculada à GDAAL (Grande Delegação África - Alkebu Lan) da Croce Reale
Coronel do Kentucky pela Honorável Ordem dos Coronéis do Kentucky, maior honraria concedida pelo Estado do Kentucky (EUA)
Generalis Sextae Legionis pela Cesarea Ordem dos Cavaleiros Romanos
Ordens de Cavalaria em que adentrou via tratados de amizade quando era Chanceler da Ordem Real do Leopardo Dourado (2021-2023), de Gana: Comendador da Ordem de São Thiago da Espada do Congo, Grão-Cruz da Ordem Real do Tigre e da Águia (Sawereso-Seinuah, Gana), Grão-Cruz da Ordem Real do Mérito (Gbi Hohoe Ahado, Gana), Grão-Cruz da Ordem Real de Kwakyem Ababio (Papagya, Gana), Grão-Cruz da Ordem de Santa Catarina do Monte Sinai (Família Lusignan), Grão-Cordão da Ordem Real da Coroa de Mangkualaman (Indonésia), Cavaleiro Honorário da Real Fundação Platoni de Ilustres Condecorados do Chile, Duque do Principado da Soberana Ordem Espiritual-Cavalheiresca da Santa Cruz (Rússia), Grão-Cruz da Ordem Real e Militar de Jean-Baptiste do Haiti
Títulos nobiliários pró-memória: Barão da Rosa Branca pela Casa Ducal e Principesca de Bessières D’Istria, Barão de Valukas Lopes pela Casa Sereníssima de Avis (Ramo Cadete), Conde de Valukas Lopes pela Casa Ducal e Principesca de Mozer von Württenberg und Zahringer, Marquês de Zahringer pela Casa Ducal e Principesca de Hohenstaufen.