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Tokaji: o Vinho dos Reis

Países com a sua própria nobreza, como a moderna Croácia, Eslováquia e Boêmia, existiram como uma região dentro do reino Húngaro de 1901 a 1919.


A Eslováquia, que também fazia parte do reino até a criação da República da Checoslováquia, em 1918, depois que a Hungria foi despojada de quase 70% do seu território com a assinatura do Tratado de Trianon, tinha a sua própria nobreza.


Desta forma, muitas famílias nobres húngaras, também eram de origem eslovaca, croata, eslava e de outras nacionalidades.


Mas qual a relação enológica entre todas estas linhagens?


O Tokaji


Considerado um vinho de sobremesa, é também um dos vinhos mais caros do mundo.


Devido à sua produção limitada e de alto padrão de concepção, existe um procedimento que se tem o maior cuidado no seu manuseamento, visto que o cacho se deve manter, até atingir a sua “podridão nobre”, a qual concentrará todo o açúcar natural da uva.


Assim, o nível de açúcar acima da média faz com que se identifique como um vinho de sobremesa, que atravessou gerações de famílias reais desde o séc. XV, em toda a Europa, mas especialmente localizado, o seu consumo, em sua região de produção, a Hungria.


As castas diretamente relacionadas à sua produção são a “Muscat” e a “Furmint”, ambas com características fundamentais para a sua estrutura licorosa e doce.


De tal forma é a importância e o significado deste vinho na região, que este merece uma citação no hino húngaro:


Para nós, nas campinas de Kunság,

Fizeste espigas onduladas maduras,

Nas videiras de Tokaj

Gotejaste néctar.


Assim sendo, se tiveram a oportunidade de degustar este exemplar, estarão a saborear parte da história e formação da Nobreza e da história das diversas coroas reais que existiram no séc. XV.


Trecho do hino húngaro (a citação ao Tokaji encontra-se na terceira estrofe, mas a primeira estrofe é geralmente executada sozinha em público; contudo, é possível ter uma noção melódica dos versos inseridos pouco acima)




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