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Heráldica e Nobiliarquia

Atualizado: 6 de jun. de 2023

CONCEITO

A Heráldica é a ciência que tem por objeto de estudo a origem, evolução e significado dos brasões de armas, por vezes também chamados de cota de armas, ou seja, a Heráldica é a arte de elaborar os brasões e a ciência que estuda suas regras, formas, tradições, simbolismos e significados históricos, políticos, culturais e sociais. A Heráldica tem origem por volta do século XII, na Europa Medieval, onde evoluiu e se consolidou.


A HERÁLDICA E A NOBILIARQUIA

Os brasões foram largamente utilizados como objeto de premiação aos grandes feitos de nobres e outros cavaleiros medievais, assim permanecendo esse funcionamento até hoje, onde por vezes verifica-se um elo íntimo entre heráldica e nobiliarquia, isto é, entre um brasão e um título de Príncipe, por exemplo.

Brasão de Armas de Otto von Bismark, nesta versão menor Otto não possui elementos que evidenciem sua dignidade principesca. A versão menor de um brasão sempre é mais límpida e enxuta, uma versão simples para ocasiões simples.

Destarte, é sabido que a heráldica e a nobiliarquia andavam e até hoje andam de mãos dadas, entretanto, ambas não são a mesma coisa, mas ao contrário, são independentes, um indivíduo não nobilitado pode deter a propriedade intelectual de um brasão, desde que não seja um "brasão roubado" - falaremos sobre o roubo de brasões numa publicação futura.

Em contra ponto ao indivíduo que tem seu próprio brasão mesmo sem ser nobre, há o nobre que, por algum motivo, não fez ou não faz questão de ter seu próprio brasão, o que é mais raro, devido ao fato de que na maioria das vezes o recém nobilitado recebe título e brasão ou no mesmo documento ou em documentos separados, mas ao mesmo tempo, ou ainda pode receber um brasão relacionado ao seu título tardiamente; de todo modo, o soberano, detentor de fons honorum, que realiza a concessão do título, o faz igualmente com o brasão.

Brasão de Armas do Fürst von Bismark (Príncipe de Bismark), note que nesta versão, que não são as grandes armas apenas porque tem um manto, são as mesmas pequenas armas de Bismark, mas ornada com elementos que evidenciam sua dignidade principesca.

Mesmo que a nobiliarquia e a heráldica estejam tão firmemente ligada uma a outra, de modo que aparentemente não possam se separar, a verdade é que não há necessidade de se deter um título nobiliárquico para poder ter seu próprio brasão.

Por outro lado, interessa muito, quase que por necessidade, que o nobre tenha o seu brasão.


FONS HONORUM FONS SCUTUM

Todo detentor da Fonte das Honras, tem o direito de conceder títulos nobiliárquicos e brasões de armas. S.A.I.R. Dom Gianfrank I Mozer von Württemberg, Chefe desta Casa, pode decidir, segundo sua própria vontade, quando e como irá conceder título e/ou brasão a quem ele julgar merecedor.

Dentro das possibilidades de premiação por benfeitoria, Dom Gianfrank, pode conceder apenas o reconhecimento de uso de um brasão de armas, por meio de uma Carta de Armas, daí em diante o armigerado - adjetivo da pessoa que recebe um brasão - poderá usar o brasão que lhe foi concedido, mesmo que já possua outras armas, que podem lhe ter sido também concedidas, ou ainda assumidas pela própria pessoa; caso em que a pessoa poderá usar esses brasões separadamente ou unidos num só escudo da forma mais oportuna.

Armas da Casa de Sforza e do Ducado de Milão de 1450 a 1499, no 1º e 4º campos a águia de Sforza; no 2º e 3º campos o biscione de Visconti.

Um excelente exemplo de união de armas pós recebimento, são as armas do Ducado de Milão quando governado por Francesco Sforza e seus familiares de 1450 a 1499, que são a união da águia de Sforza (muito parecida com a do Sacro Império Romano Germânico, mas não a mesma) com o biscione de Visconti, a Família Visconti haviam sido a segunda a governar o Ducado de Milão, os primeiros foram os Della Torre.


ALERTA

Mesmo que não seja de extrema necessidade ser nobre para ter brasão, É DE EXTREMA NECESSIDADE que o não-nobre faça uso que um brasão bem feito e que não quebre nenhuma Lei Heráldica, assim sendo, a recomendação é que se faça uma encomenda de brasão para um heraldista fidedigno, de notável saber em heráldica, para que evitemos de elevar o número de brasões mal feitos, inconcebíveis e até feios, muitas vezes assim realizados, não por má fé, mas por falta de conhecimento ou habilidade.






Dom Guilherme Rocha Duque de Catolé Rei d'Armas Principal

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